Apresentações




Não costumo falar que escolhi a madrugada para escrever, aliás, não somente para escrever, mas para fazer qualquer coisa que necessite de criatividade, agilidade ou atenção. Acho mais correto afirmar que ela me escolheu para lhes fazer companhia.
É na madrugada que chego ao ápice da criação, é como se eu tivesse um encontro marcado com um novo “eu”, o qual eu ainda não conheço bem... É neste momento que consigo transpor ao papel tudo o que estou sentindo, ou melhor, quase tudo...
Sem o ritmo frenético da cidade, sem o irritante barulho de buzinas, sem a insanidade do mundo capitalista tudo flui... Está ouvindo? É possível ouvir o som de sua respiração... Não é perfeito? O luar então? Este é imensurável, não há nada mais inspirador que observar da janela do seu quarto o espetáculo que a natureza oferece todas as noites, sem cobrar nada em troca... Então eu escrevo, escrevo para ninguém ler, escrevo para o mundo saber. Umas vezes verdades outras nem tanto. Escrevo sobre mim ou sobre você, tanto faz... Escrevo a vida, mas já escrevi a morte. Escrevo para agradecer à natureza pela inspiração. Escrevo para expressar o que sinto, ou para sentir o que escrevo. Escrevo..Escrevo.. Escrevoo.. Por quê?
Livre. É assim que me sinto quando escrevo. Livre da angustia guardada em meu peito, livre de sofrimentos, livre para compartilhar alegrias, livre de preconceitos, livre para ser o que sou sem a opressão da máscara chamada pudor imposta pela sociedade.
Eterna. É o que me torno ao registrar todos meus sentimentos, pensamentos, idealizações e até mesmo revoltas guardada em meu peito.
Refúgio. É o que encontro neste silencioso e escuro espaço de tempo usado por muitos para o descanso, chamado: MADRUGADA.

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